Cãoversas entre Pai e Filho narra os diálogos entre dois cães, Udes e Memoh, que - por sua relação parental-familiar - discutem e questionam temas sociais, éticomorais e filosóficos. A obra relaciona as discussões feitas às passagens de estudo de grandes filósofos, demonstrando que os problemas atuais podem ser resolvidos a partir das reflexões filosóficas da Antiguidade aos dias atuais. Visa-se, assim, a compreensão de que o texto filosófico é atemporal por sua natureza reflexiva . Simbolicamente representando uma conversa entre dois cães, Udes e Memoh, a temática da vida é representada de forma leve e suave na voz dos dois animais. O livro é formado por 43 diálogos que Memoh realiza durante um ano, começando pelo inicio de um Ano Novo na vida das personagens e finalizando com a reflexão sobre o Natal . A narrativa ocorre no mundo animal, apesar destes possuírem características antropomórficas que refletem o mundo humano em suas complexidades. O olhar sobre o “nosso” mundo também é visto pela ótica dos cães, inclusive em suas percepções e julgamentos sobre a vida dos humanos. Além de Memoh e Udes, compõem o universo de “Cão-versas entre Pai e Filho” outros cães que direta, ou indiretamente, relacionam-se com os cães protagonistas como: o professor Manuelem a Tia Tara e a pequena cachorrinha Eva. A partir do humanismo presente na construção da relação de paternidade, Memoh constrói-se como um ser autônomo e, pela consciência adquirida, capaz de discernimento. Na simplicidade de um diálogo cotidiano, Cão-versas entre Pai e Filho discute as grandes questões da humanidade sem perder o humor e a leveza, demonstrando que a Filosofia, mesmo não sendo esta sua função primária, consegue oferecer a paz que acalenta nossos corações.